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Angola sem medo das mordeduras de cobras

9/23/2015

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ONG Médicos Sem Fronteiras alerta para ruptura mundial de stocks de antídotos para veneno de cobras. Angola prevê produzir o soro a partir de 2017 e não deverá ser muito afectada.

O alerta chegou através da organização não-governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF). O laboratório responsável pela produção de antídoto para veneno de cobras – os franceses da Sanofi Pasteur – parou a produção há cerca de cinco anos. De acordo com a MSF, uma eventual falta do produto pode vir a criar problemas graves aos mais de cinco milhões de pessoas mordidas anualmente um pouco por todo o mundo. Destas vítimas, 100 mil acabam por morrer, 30 mil na África Subsariana.

Ataques de cobras fora dos relatórios de saúde pública

Esta situação, de acordo com declarações ao semanário SOL de uma fonte da Direcção Nacional de Saúde Pública, não constitui motivo de preocupação para os angolanos, uma vez que os dados oficiais, sobretudo de saúde pública, não registam «assim tantos» casos de mordeduras de cobras.

«Nos nossos relatórios não constam os casos de mordeduras de cobras, isso leva a crer que têm sido registados apenas casos esporádicos», disse a mesma fonte.

Todavia, reconheceu que esse desconhecimento decorre do facto de a esmagadora maioria das mordeduras de cobras ocorrer em zonas rurais. Muitas vezes, senão quase sempre, acabam por não chegar ao conhecimento das unidades sanitárias, o que concorre para que estes dados não estejam nos relatórios oficiais.

Por outro lado, os soros antivenenos utilizados em Angola não são produzidos no país, mas sim comprados, e sobretudo à Índia e à África do Sul. «Não dependemos do mercado europeu», adiantou a mesma fonte, esclarecendo que, por esse motivo, a «paralisação das actividades do laboratório francês, à partida, não terá um efeito visível e imediato em Angola».

De acordo com Ineldo Ruiz Arcia, do Centro de Informação de Medicamentos e Toxicologia (CIMETOX), localizado em Malanje, Angola vai começar a produzir antídotos contra a mordedura de cobras dentro dos próximos dois anos. Essa previsão decorre de uma avaliação das investigações em curso pelos especialistas do centro.

«Nesta fase», continuou, «estão a ser analisadas as amostras recolhidas junto das diferentes espécies de cobras existentes no país. Segue-se o desenvolvimento do soro antivenenos».

Em declarações ao SOL, Ineldo fez questão de acentuar que, na sua opinião, «o melhor soro a ser usado por um país é aquele que o próprio produz, pela simples razão de que esse será o mais apropriado às espécies de cobras existentes, tornando-o mais eficaz no tratamento».

Dados do CIMETOX a que o SOL teve acesso apontam para o registo, entre 2013 e 2014, de mais de 640 casos de pessoas mordidas por cobras, com idades desde os recém-nascidos até aos 60 anos. A província de Malanje, cidade que alberga o CIMETOX destacou-se com mais de 290 casos.

MSF apela à OMS para ajudar a baixar custos dos antídotos.

Voltando aos Médicos Sem Fronteiras, o documento distribuído pela organização indica que muitas pessoas desistem do tratamento devido aos elevados custos, que chegam a ultrapassar os 60.000 kwanzas por pessoa (perto de 475 dólares).

Esta situação, prossegue a ONG, tem levado muitos a optarem por curandeiros e pela medicina tradicional, solução que chega a causar a morte de milhares de pessoas.

Assim, a MSF apela à Organização Mundial de saúde (OMS) que desenvolva um plano para que os medicamentos estejam acessíveis às populações.

A decisão da empresa francesa Sanofi Pasteur suspender a produção do FAV-África, em 2010, resultou directamente dos preços dos produtos concorrentes fabricados na Ásia, América Latina e África.

O laboratório europeu confessou não poder alinhar em termos concorrenciais com as empresas de outros continentes, tendo-se focado por isso na produção de outras medicamentos. Deu como exemplo a produção de antirábicos, fármacos contra a raiva, que registam uma procura crescente.

O FAV-África é um soro antivenenos que tem a capacidade de neutralizar o efeito da mordedura de dez espécies diferentes de cobras existentes na região subsariana de África.

O alerta da MSF surgiu através de um comunicado de imprensa,  divulgado na sequência de um colóquio sobre medicina tropical, realizado na Suíça há cerca de uma semana.

De acordo com esta ONG, o stock existente de FAV-África poderá atender às necessidades do mercado apenas até Junho de 2016. Foi por isso que a MSF veio apelar à OMS para este organismo das Nações Unidas prestar maior atenção, sob pena de poder vir a aumentar o número de mortos em consequência de mordeduras de cobras, muito frequente nas zonas rurais.

As estimativas dos MSF apontam que, todos os anos, cerca de cinco milhões de pessoas sejam mordidas por cobras um pouco todo mundo, particularmente na Ásia, África e América.

Destas vítimas totais, mais de 100 mil pessoas acabam por morrer, 30 mil das quais na região da África Subsariana – da qual Angola faz parte. Ou seja, uma em cada três pessoas que morrem após serem atacadas por cobras vive na África Subsariana.

O  previsível fim do stock de FAV-África pode vir a colocar em risco a vida de dezenas de milhares de pessoas em todo mundo.

Jornal SOL
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Ensino de oncologia: o momento é de mudança

9/8/2015

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O envelhecimento da população está associado a um aumento das doenças crónicas, entre as quais as doenças oncológicas. Estas são hoje a primeira causa de morte nos países desenvolvidos, mas estão em crescendo nos países em desenvolvimento, e já têm um lugar de relevo no panorama nosológico nacional. Quando o diagnóstico é tardio os custos humanos e económicos para o seu tratamento são relevantes. 

Um conhecimento sólido sobre os vários aspectos da oncologia é hoje essencial. O diagnóstico e a determinação do estádio da doença oncológica são aspectos basilares, neste domínio. Assim, não só a perícia clínica, como os exames auxiliares de diagnóstico, imagiológicos, laboratoriais, entre outros, são a base para que, de forma correcta, se defina o plano de cuidados. Conhecer as opções terapêuticas existentes, os seus riscos e benefícios, os custos, os resultados obtidos na prática clínica do centro em que se trabalha são saberes fundamentais para uma decisão clínica adequada e segura. 


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